Ex-vereador Gilson Francisco fala sobre renúncia e condenação na Justiça


Foto: Reprodução

O ex-vereador Gilson Francisco se pronunciou na tarde da última quinta-feira, 02, em uma de suas redes sociais sobre a sua condenação na Justiça e a renúncia ao cargo de vereador na cidade de Toledo.

O ex-parlamentar foi condenado pela Justiça a uma pena de quatro anos e oito meses em regime semiaberto por ato libidinoso contra duas menores de idade. Ele foi condenado em 2ª instância ainda no mês de abril.

Na última segunda-feira, 29, Gilson renunciou ao cargo de vereador e também pediu a sua desfiliação ao partido Cidadania. Gilson Francisco foi eleito nas eleições de 2020 com 659 votos. O 1º suplente Damião dos Santos, que fez 646 votos, deve assumir esta lacuna em breve.

Sobre a acusação de ato libidinoso contra as duas crianças, Gilson disse estar sofrendo uma espécie de armação. “A mentira é mais forte do que a verdade! Essa condenação relacionada às crianças é uma armação. Inventaram tudo isso, programaram tudo. Hoje em dia as crianças estão bem, estão saudáveis. Eu nunca fiz maldade para essa família”, disse o ex-vereador.

Ele afirmou que conheceu a família entre os anos de 2014 e 2015 e os ajudou, visto que passavam necessidade. Ele afirmou ter encaminhado a família para o Auxílio Fraterno de sua comunidade e ter ajudado com cestas básicas em várias oportunidades, além de ter os apresentado a outras pessoas que também contribuíram para ajudar a família.

Gilson também mencionou que sempre fez muito pela família das crianças, mas que tudo mudou quando decidiu se candidatar a vereador pela primeira vez e precisou deixar de ajudá-los. O ex-vereador relatou que após deixar de ajudar a família recebeu uma série de ameaças por parte da mãe das duas crianças.

“Ficar sem  o mandato e ter alguns bens materiais perdidos é o de menos. Agora é o caráter da minha família e o meu que estão em jogo. Eu jamais faria tudo o que falaram e se propagou. Eu vou ter que responder, não tem o que fazer”, argumentou o ex-parlamentar.

Apesar de todas as acusações e da repercussão dos casos envolvendo o seu nome, Gilson Francisco disse que manterá a sua rotina normalmente. “Com toda a certeza do mundo, falem bem ou falem mal, eu vou seguir com a minha rotina. De manhã vou rezar o terço, ler a palavra, ir até a porta da igreja, até o Santíssimo, orar e depois ir cuidar do meu serviço como garçom. Não estou arrependido de ter concorrido ao cargo de vereador e ter sido eleito e também não estou arrependido de ter renunciado”, desabafou.

Acusação de concussão

Outro problema envolvendo o ex-vereador Gilson Francisco é referente a um possível crime de concussão (atitude de uma pessoa que tem ou vai assumir um cargo público, e utiliza esse cargo, para exigir para si ou para um terceiro alguma vantagem indevida).

A situação é investigada pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Toledo, que tem a prerrogativa de atuar na defesa do patrimônio público. De acordo com o apurado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), o ex-vereador teria exigido que Valderi Giovani Muller, o seu assessor parlamentar na época realizasse um empréstimo consignado no valor de R$ 44 mil e repassasse a ele o montante de R$ 32 mil.

O valor repassado no empréstimo seria um pedido do então vereador para que ele mantivesse Valderi no cargo de assessor durante os seus quatro anos de mandato na Câmara de Vereadores de Toledo.

Sobre esse tema o ex vereador disse que a questão é pessoal. “O que está acontecendo entre eu e o Valderi foi causado por ele. Nós assumimos  um compromisso totalmente pessoal. Foi ele que foi atrás desse empréstimo. Como ele não podia pagar tudo, ele me emprestou metade e eu pagaria parcelado, mas aí vieram as más intenções”, concluiu Gilson Francisco.

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