Kremlin rejeita afirmação de que Rússia tenta atrapalhar Paris 2024


Foto: EBC

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou na última sexta-feira (5) as afirmações do presidente francês, Emmanuel Macron, de que a Rússia atingiria as Olimpíadas de Paris de forma malévola, chamando-as de absolutamente infundadas.

Peskov também negou uma alegação do ministro dos Transportes da República Tcheca, Martin Kupka, que disse ao jornal Financial Times que a Rússia estava tentando sabotar as redes ferroviárias da União Europeia por meio de uma campanha de hacking em grande escala.

“Essas acusações são absolutamente infundadas, tanto no primeiro quanto no segundo caso. Elas são ouvidas com frequência, mas nunca são apoiadas por evidência ou argumentação adequada. Não aceitamos absolutamente tais acusações”, afirmou Peskov.

Na última quinta-feira (4), Macron disse que não tinha dúvidas de que a Rússia tentaria atingir os Jogos Olímpicos e apontou a esfera da informação como uma possível área de interferência.

Os comentários de Macron, feitos em um evento em Paris para a inauguração do novo centro aquático das Olimpíadas, representam seu reconhecimento mais explícito até o momento de ameaças estrangeiras à segurança ou ao bom andamento dos Jogos.

Os Jogos Olímpicos serão realizados em meio a um cenário global complexo, com a guerra da Rússia na Ucrânia e o conflito de Israel com o Hamas em Gaza complicando os esforços para proteger o evento.

Nos últimos meses, Macron adotou uma postura mais rígida contra a Rússia, prometendo que Moscou será derrotada, e não descartou que as tropas europeias possam um dia ir para a Ucrânia, embora tenha deixado claro que a França não tem intenção de instigar hostilidades contra a Rússia.

Seu governo também adotou uma linha mais dura contra os supostos esforços de desinformação russa em toda a Europa.

No início desta semana, o ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, disse que a França proporá sanções em nível de União Europeia para aqueles que estão por trás da disseminação de desinformação, em meio ao que Paris vê como esforços crescentes da Rússia para desestabilizar o bloco.

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