O início de uma vitória: há 01 ano, Toledo começava vacinação contra a Covid-19


Foto: Divulgação

Em uma manhã chuvosa de quarta-feira Toledo testemunhou, em aguardada solenidade no Centro Cultural Ondy Hélio Niederauer, em 20 de janeiro de 2021, o início de uma história que, apesar de tantos sobressaltos, tem sido marcada por inúmeras conquistas. Nesta data, há exatamente um ano, com a presença de profissionais da saúde de diversas formações e funções, a Capital Paranaense do Agronegócio se juntava a todo o Brasil na maior campanha de vacinação da história do nosso país, responsável, até esta quarta-feira (19), pela imunização completa de 147.754.119 pessoas (68,78% da população brasileira) e a aplicação de 347.793.445 doses contra a Covid-19. 

Destas, 260.451 foram  em Toledo - 118.785 primeiras doses (D1), 107.797 segundas doses (D2), 29.515 doses de reforço (DR) e 4.354 doses únicas (DU). Somando a quantidade de D2 com DU, 112.151 pessoas estão com o esquema vacinal completo, o que representa 77,56% dos 144.601 habitantes de Toledo ou 92,31% do público que tem 12 anos ou mais. Estes resultados expressivos, com média superior à estadual (77,33%) e nacional, decorrem da união de esforços de vários setores do poder público e da sociedade civil organizada, desde a elaboração de estratégias à execução dos planos traçados.  

À medida que mais doses vinham chegando, novos grupos passaram a ser imunizados e, aos poucos, a imensa maioria da população de Toledo foi aderindo à campanha, que, a princípio, foi realizada em pontos de vacinação estratégicos, como o Parque Ecológico Diva Paim Barth (onde foi montando um esquema drive-thru), o Ginásio de Esportes Hugo Zeni e os Centros de Revitalização da Terceira Idade (Certis) - com a ampliação da oferta de vacinas, estas começaram a ser ofertadas nas unidades básicas de saúde (UBS) da cidade e do interior. 

Este trabalho sempre foi norteado pelas diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), uma das condições que credenciou Toledo a ser escolhida pela Pfizer para a realização de um estudo observacional que permitiu a imunização, antes de todos os demais municípios brasileiros, de pessoas com 12 anos ou mais. A pesquisa, uma parceria com o câmpus local da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre) e do PNI, colocou o município em evidência no mundo inteiro. 

Em uma ação sem precedentes na história de Toledo, milhares de adolescentes e adultos que ainda não tinham recebido sua dose, se dirigiram aos Centros da Juventude (CJUs) e aceleraram o crescimento da cobertura vacinal contra a Covid-19 no município. O resultado desta campanha ficou bem claro no fim de novembro, quando, desde então, não se registraram mais óbitos de moradores de Toledo causados por esta doença. 

Sobressaltos

Infelizmente, este quadro teve uma abrupta piora na primeira semana de janeiro de 2022, com o aumento exponencial de pacientes que positivaram para o patógeno, mesmo fenômeno registrado em várias regiões do planeta em que a variante ômicron rapidamente tornou-se a cepa dominante. “O expressivo número de novos casos sem o aumento de óbitos e casos graves na mesma proporção pode até fazer crer que a ômicron é mais tranquila, mas ela não é tão grave graças à vacina. Porém, existe uma sobrecarga do sistema de saúde, que poderia ser evitada se as pessoas estivessem se cuidando, deixando os ambientes bem ventilados, mantendo distanciamento social, lavando as mãos várias vezes ao dia, coisas que, infelizmente, após dois anos de pandemia, algumas pessoas ainda não fazem” adverte o diretor-geral da Secretaria de Saúde, Fernando Pedrotti. 

Olhando em retrospectiva o primeiro ano de vacinação em Toledo, o diretor-geral sente um misto de alegria e tristeza. “Alegro-me por ver as doses protegendo as pessoas, evitando óbitos e hospitalizações; e tristeza pelas vidas que a Covid-19 levou, algo que eu, na condição de profissional de saúde, sinto muito, porque a vida é um bem insubstituível e perder alguém é perder um pouco de nós. O momento agora é de preocupação, porque muitas pessoas imaginaram que a imunização sozinha daria conta de conter a Covid-19. Isso só será possível com o binômio vacina–atitudes”, pontua. 

A secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, define o processo de imunização em Toledo contra a Covid-19 em uma palavra: orgulho. “É uma grande felicidade olhar para trás e ver todo esse caminho que a gente trilhou, de imensos desafios e principalmente de imensas vitórias. A população entendeu a importância da vacinação, informando-se e buscando as unidades de saúde para receber a sua dose”, destaca. “Não podemos nos esquecer da dedicação dos servidores da Saúde, que não pouparam esforços para imunizar o maior número possível de pessoas, trabalhando, em algumas ocasiões, à noite, em feriados e fins de semana, tudo para que a vacina chegasse ao braço do maior número possível de munícipes. Nossa gratidão ao Executivo Municipal, que nos deu autonomia para trabalhar de forma técnica, obedecendo as normas estabelecidas pelas autoridades sanitárias, decisão que sempre teve o respaldo da Secretaria de Estado da Saúde. E que também rendeu uma parceria inédita, reconhecida internacionalmente, entre Toledo com Pfizer, UFPR e Moinhos do Vento”, agradece. 

Gabriela destaca que o envolvimento da população no combate à pandemia é ainda mais importante neste momento, em que o número de casos de Covid-19 não para de crescer. “Temos visto que é graças ao processo de vacinação que não temos uma sobrecarga na demanda de leitos de UTI e enfermaria, como a registrada em maio de 2020 e em março e junho do ano passado. Por isso, seguimos investindo e otimizando os processos ao mesmo tempo em que pedimos a todos para manter os cuidados, o que inclui deixar sempre em dia a sua carteirinha, tomando, quando for o momento, a dose de reforço contra a Covid-19”, observa. “Aos pais e responsáveis por crianças com idade entre 5 e 11 anos, deixamos aqui nosso convite para que, assim que for o momento, as levem para tomar a sua dose. A vacinação infantil começou esta semana e é fundamental para podermos controlar a pandemia e virarmos o quanto antes esta página das nossas vidas”, salienta. 

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