Em reunião com beneficiários, Bolsa Cuidador Familiar é lançada em Toledo


Foto: Divulgação
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Toledo realizou, na tarde desta sexta-feira (12), o lançamento do Bolsa Cuidador Familiar, iniciativa voltada ao apoio financeiro de cuidadores familiares de pessoas idosas em situação de fragilidade ou dependência. O encontro ocorreu no Auditório Acary Oliveira e reuniu beneficiários já selecionados, além de representantes das áreas responsáveis pela execução do programa no município.

O vice-prefeito Lucio De Marchi participou do evento e, ao abordar o alcance social da iniciativa, destacou o compromisso da administração municipal com a população idosa. “O Bolsa Cuidador Familiar é uma ação que reflete a nossa preocupação com o bem-estar dos idosos em situação de dependência”, salientou. “Estamos dando suporte a quem mais precisa, e isso é um reflexo da nossa prioridade em humanizar as políticas públicas”, observou.

Articulação entre Estado e Município

A ação integra o Paraná Amigo da Pessoa Idosa, da Secretaria de Estado da Mulher, Pessoa Idosa e Igualdade Racial (Semipi), e conta com o apoio das administrações municipais para viabilizar a implementação local. Em Toledo, a execução ocorre de forma integrada entre as secretarias de Assistência Social, de Saúde e de Desenvolvimento Humano e Social.

A secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Sheila Delava, evidenciou a satisfação da administração municipal em integrar o Bolsa Cuidador Familiar e destacou o impacto do programa na valorização do cuidado prestado no ambiente familiar. “Como gestores, estamos extremamente felizes em fazer parte deste projeto, que, além de trazer mais segurança financeira, reconhece o esforço diário do cuidador familiar para atender toda a demanda da pessoa idosa dentro de casa”, definiu Sheila. “É com muita alegria que nos unimos em prol desse cuidado, demonstrando, cada vez mais, que Toledo está atenta e cuidando das pessoas”, complementou.

Segundo a secretária de Saúde, Adriane Monteiro Santana, o processo de seleção dos beneficiários exigiu muito empenho das equipes nos dias que antecederam o lançamento. “É importante ressaltar que poucos municípios foram contemplados neste primeiro momento e Toledo está entre eles por todo um histórico de políticas públicas voltadas a este público”, comentou. “Mesmo sendo um programa que está começando agora, esperamos resultados muito positivos já nos próximos meses”, projetou.

Critérios e número de bolsas

O Bolsa Cuidador Familiar concede meio salário-mínimo (atualmente R$ 759,00) a cuidadores familiares de pessoas com 60 anos ou mais que dependem de assistência permanente. Para habilitação, é necessário comprovar parentesco direto com o idoso (filho, cônjuge ou irmão), estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), possuir renda per capita inferior a um salário-mínimo e residir com a pessoa que requer os cuidados.

Neste momento, Toledo tem direito a 15 bolsas. Destas, nove já estão preenchidas, e os beneficiários selecionados começam a receber o primeiro pagamento ainda nesta semana. No fim do evento, eles receberam um caderno de recomendações, além de receberem da equipe técnica das secretarias envolvidas e dos coordenadores dos seis Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e dos dois Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) que atuam no município.

Envelhecimento da população e novos desafios

Ao contextualizar o lançamento do programa, a secretária de Assistência Social, Simone Ferrari, chamou atenção para as mudanças no perfil demográfico do município, que hoje conta com cerca de 25 mil idosos. “Estamos vivendo uma realidade em que muitos idosos estão sozinhos, sem filhos ou com filhos que moram longe, e isso nos faz perguntar: quem vai cuidar dessas pessoas?”, indagou. “As instituições de acolhimento, como conhecíamos no passado, praticamente não existem mais, hoje elas são mais complexas, mais caras e não há vagas suficientes para atender a demanda”, acrescentou.

Segundo Simone, a expectativa em relação ao Bolsa Cuidador Familiar é justamente ampliar o cuidado no ambiente domiciliar, preservando vínculos e promovendo dignidade. “Gente cuidada em casa tem mais dignidade, tem mais qualidade de vida, especialmente quando falamos de pessoas acamadas, que precisam de atenção permanente”, pontuou. “Levar um idoso para um abrigo porque a família não consegue assisti-lo deve ser uma situação evitada a todo custo, até porque existem poucas vagas e filas enormes para ingresso nesses espaços”, reforçou.

Rede de atendimento e projeto piloto

A secretária também ressaltou que a implantação do programa é resultado de um trabalho articulado entre diferentes áreas da administração municipal, com critérios técnicos definidos para garantir justiça na seleção dos beneficiários. “Foi um esforço conjunto entre a Assistência Social, a Saúde e o Desenvolvimento Humano e Social, com levantamento no Cadastro Único e avaliação da vulnerabilidade de saúde dos idosos para garantir justiça na seleção”, explicou. “Esse programa é cuidar de quem cuida, para que possamos cuidar bem de quem realmente precisa”, definiu.

Por fim, Simone Ferrari pediu compreensão por se tratar de um projeto piloto e destacou a importância da participação das famílias no processo de avaliação contínua. “É um programa que está começando agora, por isso precisamos de paciência e, principalmente, de sinceridade nas avaliações, para que possamos identificar e corrigir eventuais problemas”, afirmou. “Fiquem tranquilos, contem com o apoio das nossas equipes, porque dignidade é a palavra-chave de tudo o que estamos construindo aqui”, concluiu.

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