Pesquisa da Unioeste Toledo pode avançar produção de energia renovável no país


Foto: Divulgação - Unioeste
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O doutorando em Energia e Materiais da Unioeste Toledo Evandro Benincá está desenvolvendo uma pesquisa que promete inovar na área de energias renováveis. Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o professor pesquisador Jossano Saldanha Marcuzzo, da empresa JMHP Carbon, o estudo busca criar um novo material capaz de filtrar biometano por meio de um processo termoelétrico.

O biometano é um combustível alternativo, neutro em carbono e renovável, produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos que geram biogás. Após passar por um processo de purificação, esse biogás é convertido em biometano, um combustível capaz de substituir fontes fósseis como o diesel.

Nesta etapa da pesquisa, estão sendo realizados testes no material para levantar alguns parâmetros de interesse. Os testes foram realizados no Laboratório de Microrredes da Unioeste Foz do Iguaçu, que dispõe de equipamentos adequados para a realização deles forma segura. O Laboratório é integrado ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica e Computação da Unioeste. “A Unioeste tem equipamentos de ponta que podem ajudar a testar o processo”, explica Benincá.

Ele contou com a ajuda do professor responsável pelo laboratório, Prof. Dr. Adriano Batista Almeida, que orienta estudos sobre microrredes de energia elétrica e geração distribuída. O laboratório apoia pesquisas voltadas à integração de Geração Distribuída, proveniente de fontes de energia alternativas, ao sistema elétrico e dispõe de uma infraestrutura experimental adequada para o desenvolvimento de pesquisas na área.

A pesquisa também contou com parceria da empresa curitibana Alpes Automação, representante da marca Flir, que possui equipamentos de ponta para termometria. A Alpes emprestou o equipamento - que tem controle do Exército norte-americano devido à sua função estratégica - e que é capaz de medir parâmetros térmicos do material desenvolvido.

Nos testes, o pesquisador verificou quais valores de tensão e corrente elétrica devem ser aplicados para alcançar a temperatura necessária para a filtragem do biometano. “O objetivo é simular previamente o processo que será aplicado na prática, reproduzindo a degradação térmica desse material, antes de usá-lo de fato”, explica Benincá.

A pesquisa é orientada pelo professor do departamento de engenharia química da Unioeste Dr. Carlos Eduardo Borba e conta com a coorientação da Profa. Dra. Célia De Fraga Malfatti, responsável por fortalecer a parceria entre a Unioeste e a UFRGS dentro do Programa de Pós-Graduação em Matéria e Energia. Está em fase final e pode representar um avanço na produção de energias renováveis. Os testes mostraram parâmetros coerentes para a continuidade do processo desenvolvido pelo doutorando.

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