Toledo e Garanticoop lançam nova linha de crédito para MEIs e microempresas


Foto: Divulgação

Na tarde desta quinta-feira (09), representantes da administração municipal de Toledo, da Garanticoop, instituição integrante da Sociedade Central Garantidora de Crédito (SGC), e das cooperativas de crédito se reuniram na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito para anunciar uma nova iniciativa em prol dos microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas. O encontro teve como pauta principal a apresentação de uma nova linha de crédito focada para estes públicos. 

Antes disso, o diretor-presidente da Garanticoop, Danilo Gass, apresentou um balanço geral das operações financeiras realizadas até então com a quantia de R$ 1,125 milhão aportada pelo município na instituição, anteriormente conhecida como Garantioeste. Com esse investimento, foram viabilizadas 372 operações de crédito, beneficiando 338 pessoas jurídicas, totalizando um montante de R$ 6.904.524,38, com um ticket médio de R$ 18.560,55. 

Nos dois últimos anos, 78 operações foram realizadas, totalizando R$ 2.307.500,00, com um ticket médio de R$ 29.583,33. “Se não tivéssemos dado esta ajuda, dezenas de empresas teriam sucumbido. Muitos destes empreendedores nos são gratos, pois é um dinheiro que faz diferença e é devolvido em quase 100% dos casos. Os aportes que recebemos são o oxigênio que mantém vivo um ecossistema de crédito em nível regional”, pontua Danilo.

Após a apresentação do panorama atual, foi anunciada uma nova linha de crédito com condições ainda mais favoráveis para MEIs e microempresas. Os juros serão abaixo dos praticados pelo sistema financeiro tradicional, e os limites de financiamento foram aumentados para R$ 80 mil para microempresas (antes era R$ 50 mil) e R$ 20 mil para MEIs.

O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, ressaltou a importância de criar um ambiente favorável para os negócios. “Em nosso município, o poder público tem uma visão clara de que o desenvolvimento é feito a partir de estímulos à iniciativa privada para que esta encontre a melhor maneira de solucionar os problemas que enfrenta. Neste cenário, são fundamentais linhas de crédito acessíveis, que permitam às empresas prosperarem, gerando emprego, renda e divisas para o município ter os recursos paar manter e fortalecer políticas públicas”, analisa o gestor.

Fomento Paraná

Durante o encontro, o secretário do do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico (AgroDesenvolvimento), Diego Bonaldo, comunicou que a Fomento Paraná incluiu Toledo no “Recupera Paraná”. Trata-se de uma linha de crédito específica que visa mitigar as repercussões econômicas decorrentes da situação de emergência em razão de situação anormal decorrente de iminente perigo à saúde pública motivada pelo alto índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti. 

Inicialmente, o município terá até 16 de junho para realizar as operações de crédito por meio do “Recupera Paraná”, que disponibiliza empréstimos com juros anuais de 7,17% (0,58% ao mês). “Há outros município em que este prazo foi estendido para setembro ou outubro. Vamos agora pleitear uma prorrogação para podermos beneficiar mais pessoas”, observa o secretário.

Segundo Bonaldo, a AgroDesenvolvimento fez o pedido de inclusão de Toledo ao programa por entender que existe uma correlação direta entre os casos de dengue e a economia local. “Durante os últimos meses, temos enfrentado um aumento significativo nos registros da doença, o que tem acarretado em consequências adversas para a atividade econômica de nossa região. Primeiramente, identificamos um aumento no absenteísmo entre os microempreendedores individuais (MEIs), muitos dos quais foram acometidos pela dengue e, consequentemente, foram impedidos de trabalhar. Esse cenário resultou em uma redução substancial no faturamento desses empreendedores, afetando diretamente sua capacidade de sustento e investimento em seus negócios”, relata.

Ainda de acordo com o secretário, as empresas locais têm enfrentado desafios significativos devido à falta de colaboradores. “O alto índice de casos de dengue levou a uma diminuição na força de trabalho disponível, resultando em dificuldades operacionais para as empresas, atrasos na produção e, em alguns casos, até mesmo a interrupção temporária das atividades comerciais”, comenta.

Para respaldar esta solicitação, foram anexados ofícios emitidos pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), pelo Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade de Toledo e Região (Sincoeste), pelo Sindicato Empresarial do Comércio Varejista de Toledo (Sinvar), pela Associação Médica de Toledo (AMT) e pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Toledo (Sintratol), que corroboram os impactos negativos dos casos de dengue na economia local e destacam a urgência de medidas de apoio para a recuperação econômica. “Esses recursos serão direcionados para a implementação de medidas de prevenção, controle e assistência aos afetados, bem como para iniciativas de estímulo à atividade econômica local”, salienta Bonaldo.

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