Verão começa com previsão de calor acima da média e chuvas irregulares no Oeste do Paraná

O solstício de verão marcou o início oficial da nova estação no último domingo, dia 21 de dezembro, às 12h03, após uma primavera típica no Paraná, caracterizada por eventos extremos e grandes volumes de chuva. Para o Oeste do Paraná, a previsão indica manutenção do calor intenso, chuvas concentradas em janeiro e maior irregularidade nos meses de fevereiro e março, conforme dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O verão no hemisfério sul segue até o dia 20 de março de 2026.
Historicamente, o verão é a estação mais chuvosa no estado, além de apresentar dias mais longos e temperaturas elevadas. Diferentemente da primavera, marcada por tempestades severas e de curta duração, o verão costuma registrar períodos consecutivos de chuva entre a tarde e à noite, geralmente com menor severidade, mas com volumes mais elevados. Essas instabilidades podem vir acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, pontualmente, queda de granizo.
Segundo a meteorologista do Simepar, Júlia Munhoz, durante o verão há maior frequência de sistemas convectivos de mesoescala atuando sobre o Paraná. “Nessa estação, temos uma maior frequência de atuação de linhas de instabilidade, aglomerados de nuvens convectivas e tempestades localizadas, potencializadas por uma atmosfera mais aquecida e com altos índices de umidade”, explicou.
Para o verão 2025/2026, a atuação do fenômeno La Niña apresenta probabilidade pouco acima de 50,00% de persistir até fevereiro e cerca de 20,00% entre fevereiro e março. De acordo com o Simepar, os impactos desse fenômeno no tempo devem ser pequenos. As temperaturas tendem a ficar dentro ou acima da média histórica, com destaque para o mês de março, que tradicionalmente registra temperaturas mais amenas.
No que se refere às chuvas, janeiro deve apresentar acumulados acima da média em boa parte do estado, inclusive no Oeste paranaense, enquanto fevereiro e março devem ser marcados por maior irregularidade. “Em janeiro, massas de ar quente e úmido irão favorecer pancadas fortes de chuva no período da tarde e da noite, resultando em acumulados ligeiramente acima da média. Já entre fevereiro e março, a distribuição da chuva será bastante irregular, com possibilidade de períodos mais secos em algumas regiões e volumes acima da média em outras”, detalhou o meteorologista Lizandro Jacóbsen.
Os dados históricos reforçam o cenário de calor intenso no Oeste do Paraná. Em janeiro, a região registra os menores acumulados médios de chuva do estado, entre 146,00 mm e 179,00 mm, mas apresenta a temperatura máxima média mais alta, chegando a 31,90°C. Em fevereiro, a máxima média sobe para 32,10°C, mantendo o Oeste como a região mais quente do Paraná. Já em março, mesmo com a redução gradual das chuvas, as temperaturas seguem elevadas, com máximas médias de 31,60°C, acima da maioria das demais regiões.
A previsão para o verão 2025/2026 indica que março será o mês com maior probabilidade de temperaturas acima da média histórica, especialmente no Oeste do estado. Com isso, o Simepar alerta para a necessidade de atenção às condições de calor prolongado e à irregularidade das chuvas, fatores que impactam diretamente a agricultura, o abastecimento de água e a rotina da população da região.
Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN).















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