Estudantes de Medicina da PUCPR Toledo elaboram Mapa Inteligente para auxiliar no atendimento de idosos da cidade


Foto: Divulgação - PUCPR
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O Brasil caminha para ter, até 2030, mais idosos do que crianças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse cenário, iniciativas capazes de antecipar riscos, prevenir agravos e garantir maior autonomia aos mais velhos tornam-se fundamentais para a qualidade de vida das famílias e para a sustentabilidade do sistema de saúde.

Foi nesse contexto que estudantes de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Campus de Toledo desenvolveram um Mapa Inteligente que reúne informações sobre o perfil de saúde dos idosos atendidos no Centro de Saúde. A ferramenta permite visualizar rapidamente características da população atendida, estratificar riscos e orientar estratégias de cuidado mais precisas.

Desenvolvido entre março e agosto de 2025, o projeto Vida +60 – Mapeamento Inteligente e Estratégias Integradas para o Cuidado da Pessoa Idosa utiliza tecnologia, análise territorial e estratificação funcional para aprimorar o atendimento de idosos de 60 a 100 anos no Centro de Saúde, em Toledo. “A partir do mapa é possível observar comorbidades, vulnerabilidades e definir prioridades, complementando as atividades já desenvolvidas pelos profissionais de saúde”, explicou Rejane Ecker, professora de Medicina da PUCPR Toledo e orientadora do projeto.

 Ao todo, cerca de 450 idosos foram avaliados na estratificação de risco, com base em dados do sistema SIPI - Sistema De Informação Da Pessoa Idosa No Paraná e no Sistema de gestão hospitalar utilizado pelo município SIG - Toledo. A estratificação utiliza o instrumento IVCF-20 - índice de Vulnerabilidade Clinico-funcional-20, que define perfis a partir de critérios como idade, cognição, mobilidade, humor, comorbidades e autonomia. O escore total permite classificar os idosos como robustos, pré-frágeis ou frágeis, facilitando o direcionamento das ações de cuidado.

 Com o uso do mapa, os estudantes identificaram que 28,90% dos idosos avaliados são considerados frágeis, grupo que demanda prioridade no acompanhamento e em ações que mantenham ou recuperem a funcionalidade. O levantamento também apontou que 44,20% dos idosos são classificados como robustos e 26,90% como pré-frágeis, permitindo às equipes de saúde planejar estratégias de acordo com o nível de vulnerabilidade de cada paciente.

O trabalho integra o Projeto de Extensão dos acadêmicos do primeiro ano do curso e foi aprovado para apresentação na III Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde e no I Encontro Internacional de Promoção à Saúde. O evento reúne profissionais, pesquisadores e gestores de todo o país e é reconhecido como um dos principais espaços de discussão e difusão de boas práticas voltadas à Atenção Primária à Saúde (APS). “É importante ressaltarmos que esse mapa foi elaborado a partir da vivência dos estudantes na unidade de saúde, já no primeiro ano do curso, a possibilidade de desenvolver um olhar analítico e participar do dia a dia da profissão é o que tornará eles médicos preparados, conscientes e éticos”, reforçou a professora, “esse projeto terá impacto real, a partir dele, profissionais poderão discutir ações que garantam um atendimento ainda mais qualificado aos pacientes”.

O projeto foi desenvolvido por acadêmicos do primeiro período do curso de Medicina da PUCPR Toledo, no âmbito das atividades de Extensão. Novos grupos devem, agora, trabalhar na criação de outros Mapas Inteligentes voltados a diferentes perfis de pacientes atendidos na rede municipal.

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