Sergio Moro visita Toledo, participa de agendas com lideranças e fala sobre segurança, economia e cenário político nacional

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O senador Sergio Moro (União Brasil) esteve em Toledo nesta terça-feira (22), como parte de uma série de visitas que vem realizando pelo Paraná durante o recesso legislativo. A agenda do parlamentar começou logo cedo com um encontro com a diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) e seguirá ao longo do dia com compromissos na Prati-Donaduzzi e no Biopark.
Durante entrevista coletiva concedida após o encontro na Acit, Moro destacou que o objetivo da caravana pelo estado é prestar contas do mandato e ouvir as demandas locais. “No recesso legislativo de julho, estamos fazendo uma caravana por todo o Paraná. Hoje estamos com essa agenda aqui em Toledo, uma agenda intensa inclusive, principalmente no encontro com a Associação Comercial, em que ouvimos as principais demandas locais e regionais”, afirmou. Segundo ele, a iniciativa busca evitar o isolamento comum do ambiente político em Brasília-DF. “Brasília cria uma bolha, se você não tomar cuidado. Embora eu tenha viajado durante todo o meu mandato, nesse recesso é mais fácil estar mais presente nos municípios”, pontuou.

Moro também comentou a atuação como oposição ao Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reafirmando a sua postura crítica. “Na oposição nós não temos maioria para criar a nossa própria agenda, embora essa oposição esteja cada vez maior. Creio que poderemos avançar em agendas positivas e também frear a sanha arrecadatória do atual Governo Federal”, disse. Ele mencionou a sua atuação em projetos como o fim da saída temporária de presos nos feriados — conhecida como "saidinha" — e o apoio a pautas ligadas ao agronegócio, como a Lei do Marco Temporal, a dos Biodefensivos e a dos Defensivos Agrícolas. “Estamos votando nas pautas que são importantes para o país”, completou.
O senador fez duras críticas ao Governo Lula, especialmente na condução da economia e da segurança pública. “Esse Governo só não leva o país à ruína porque o setor privado é muito pujante. Veja aqui a região de Toledo, que é rica, tem um povo trabalhador e um agronegócio que se destaca. É isso que tem salvado o nosso país”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a Operação Lava Jato, da qual foi figura central enquanto juiz federal, Moro voltou a defender os resultados da força-tarefa e atribuiu o fim da operação a interesses políticos. “O desmonte foi por razões políticas. Não têm qualquer razão jurídica para o fim da Operação. Ocorre de gente que confessou o crime, que devolveu o dinheiro, acaba sendo beneficiado por decisões que são porta aberta para a impunidade”, afirmou. Ele ainda relacionou escândalos recentes, como fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ao enfraquecimento do combate à corrupção. “A partir do momento que um criminoso confesso não sofre consequências, o que dizer daqueles que estão praticando crimes hoje?”.

O senador também se posicionou sobre as tarifas impostas pelo Governo dos Estados Unidos ao Brasil, criticando a condução diplomática da atual gestão federal. “As tarifas são injustas e vão impactar o nosso setor produtivo. Agora é importante destacar a responsabilidade do Governo Lula, que desde o primeiro dia do mandato hostilizou os Estados Unidos com um discurso antiamericano infantil, coisa de diretório acadêmico da década de 1970. Está na hora de sentar à mesa e negociar”, defendeu.
Por fim, Moro falou sobre o futuro político e a possibilidade de disputar o Governo do Paraná em 2026. Embora tenha dito estar focado no mandato no Senado, não descartou a candidatura. “Eu não vou deixar o estado do Paraná na mão. Tomarei essa decisão um pouco mais adiante. É provável que eu me coloque como candidato ao Governo, e acho que vamos precisar de mãos firmes na condução do Estado pelos próximos anos que serão desafiadores”, declarou.
A caravana de Sergio Moro já passou por municípios dos Campos Gerais, Oeste e Sudoeste do Paraná. Na segunda-feira (21), ele esteve em Palotina e Assis Chateaubriand. Na quarta-feira (23), a agenda continua em cidades como Capanema, Realeza, Planalto, Pato Branco e Dois Vizinhos. Na sexta-feira (25), estará em Cascavel e encerrará o roteiro na próxima segunda-feira (28), em Foz do Iguaçu, totalizando 33 municípios visitados durante o recesso parlamentar.
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