Transplante capilar em Toledo: como funciona a avaliação, cirurgia e quando os resultados aparecem


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O Toledo News entrevistou a médica dermatologista e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luciana Menezes, que há cerca de quatro anos e meio se especializou em transplante capilar e introduziu o procedimento em Toledo. Na conversa, a profissional explicou a evolução das técnicas, as indicações e cuidados do procedimento, reforçando que se trata de uma cirurgia longa (em média de oito a 10 horas), que exige exames prévios e deve ser realizada por médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos habilitados.

Segundo Menezes, o transplante de cabelo começou com a técnica FUT, que retira uma faixa do couro cabeludo para fracionar e reimplantar os folículos, e evoluiu para a técnica FUE (retirada “fio a fio”), hoje responsável por cerca de 90,00% dos procedimentos no mundo. A extração individual permite alcançar de 4,5 a 5 mil unidades foliculares, a depender do estoque do paciente. Ela salientou que a avaliação clínica do couro cabeludo é determinante: “não adianta plantar em terreno infértil”. Quando indicado e bem conduzido, a taxa de “pega” ultrapassa 90,00% dos enxertos, afirmou.

A médica descreveu o pós-operatório e a linha do tempo de resultados: nos primeiros dois a três meses, os fios transplantados costumam cair para depois voltarem a crescer; os primeiros sinais aparecem por volta do quinto ao sexto mês, e o resultado final é observado em aproximadamente 12 meses. O acompanhamento é contínuo, especialmente em pacientes mais jovens, para preservar os fios nativos que ainda podem sofrer com a calvície; já em faixas etárias mais avançadas, essa necessidade tende a ser menor.

Menezes destacou que o transplante também pode ser indicado para barba e sobrancelhas, desde que haja “mudas” suficientes na área doadora. Em mulheres, o planejamento difere porque o padrão de rarefação é mais difuso e, muitas vezes, opta-se por raspar apenas “janelas” na região doadora para manter a discrição — o que reduz o número de unidades retiradas em uma única sessão.

Sobre tecnologia, ela citou avanços em instrumentos (brocas cada vez mais delicadas e lâminas de safira), mas ponderou que o procedimento permanece eminentemente manual. Tentativas de automatização com robôs se mostraram limitadas, especialmente na etapa de implantação. Menezes também observou que, embora a Turquia tenha popularizado a técnica e custos no passado, hoje é possível realizar o procedimento com equipes locais treinadas, sem necessidade de viajar.

Ao final, a dermatologista aconselhou quem enfrenta queda de cabelo a buscar avaliação especializada o quanto antes — “tempo é cabelo” — para diferenciar quadros temporários de calvície e definir se o tratamento clínico é suficiente ou se há indicação para transplante. Para ela, além do aspecto médico, recuperar os fios pode desencadear ganhos de autoestima e qualidade de vida.

➡️ WhatsApp: (45) 9-9852-1841 (Clique para chamar)

Rua Santos Dumont, Nº 2.708 - 4º andar

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