Prisão de ventre: descubra as causas e como combatê-la


Foto: Toledo News

Prisão de ventre, intestino preso, intestino ressecado e intestino lento, são algumas das formas para se chamar a constipação intestinal, que é definida como uma alteração no funcionamento do intestino com duração mínima de três meses onde o paciente poderá ter uma frequência evacuatória menor que três vezes por semana com alteração no ato de evacuar e na qualidade das fezes. Segundo Machado (2007), a prevalência da constipação intestinal no Brasil varia de 14,50% a 38,40% com crescimento ascendente em populações com mais de sessenta anos, sendo as mulheres o grupo mais acometido.

Um método internacionalmente reconhecido para diagnosticar a constipação intestinal fundamenta-se nos critérios de Roma III, que é composto por seis sintomas, sendo eles: 1. menos de três evacuações por semana; 2. esforço ao evacuar; 3. presença de fezes endurecidas ou fragmentadas; 4. sensação de evacuação incompleta; 5. sensação de obstrução ou interrupção da evacuação; 6. manobras manuais para facilitar as evacuações.

As causas mais comuns para constipação intestinal costumam ser uma dieta pobre em fibras, pouca ingestão de líquidos e o sedentarismo. O consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados também contribui mesmo que de forma menos significativa. Ainda, existem outras causas que igualmente podem estar relacionadas com a constipação intestinal como algumas doenças do cólon e do reto (hemorroidas, divertículose, câncer do colorretal e fissuras anais), determinados medicamentos e alterações metabólicas e/ou neurológicas, assim como depressão, ansiedade e estresse.

O tratamento da constipação intestinal baseia-se nas medidas dietéticas e comportamentais, dieta rica em fibras, ingestão de líquidos e exercícios físicos. Um adulto necessita ingerir em média 25 g/dia de fibra, 03 a 04 l/dia de líquidos (de acordo com seu peso) e praticar exercícios físicos regularmente. A importância de se ingerir fibras é que ela permanece no interior do nosso intestino até o momento de sua eliminação, retendo água em nosso bolo fecal tornando-o mais pastoso, facilitando o transporte até o reto e a sua posterior eliminação. Caso o paciente mesmo adotando todas as medidas comportamentais não obtenha sucesso, o uso de alguns medicamentos podem ser orientados.

O uso de laxativos, e outras medicações na constipação intestinal, devem ser usados como tratamento complementar, sendo associados às medidas dietéticas e comportamentais. O uso de laxativos não possuem efeito curativo e apenas mascaram o problema de base, dificultando terapêuticas de longo prazo.

* As informações contidas nos artigos de colunistas, não necessáriamente, expressam a opinião do Toledo News.

Dr. Leandro Faé

Dr. Leandro Faé
CRM – PR 36.049

CLÍNICA ENDOGASTRO TOLEDO
Cirurgia Geral pelo Hospital Felício Rocho – BH/MG
Endoscopia Digestiva pela Faculdade Suprema – JF/MG
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