Toledo integra a fase inicial de implantação do novo implante contraceptivo do SUS

Toledo passa a integrar a lista dos municípios paranaenses contemplados na primeira etapa de distribuição do implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel, tecnologia recentemente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O método, conhecido comercialmente como Implanon NXT, antes restrito ao setor privado com custo entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, agora será disponibilizado gratuitamente para adolescentes e mulheres em idade reprodutiva que se enquadrem nos critérios definidos pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) promoveu, em parceria com o Ministério da Saúde, uma oficina de qualificação nesta terça-feira (25), reunindo cerca de 150 profissionais de saúde dos 38 municípios referências das 22 Regionais de Saúde. O objetivo foi preparar equipes para a inserção e retirada do implante, além de orientar a organização da oferta do serviço.

O dispositivo é um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), com eficácia de até três anos e retorno rápido da fertilidade após a remoção. Por reduzir falhas associadas ao uso contínuo de anticoncepcionais diários ou mensais, sua incorporação ao SUS, estabelecida pelas Portarias MS de Nº 47 e 48, de ,08 de julho de 2025, representa um avanço para o planejamento reprodutivo. A previsão nacional é de distribuição de 500 mil unidades ainda em 2025 e de 01,80 milhão até 2026.
Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a medida reforça os direitos sexuais e reprodutivos. Ele afirmou que ampliar o acesso ao método garante mais autonomia e segurança às mulheres paranaenses, com profissionais qualificados para o atendimento.
O Paraná já recebeu 25.620 unidades do implante, distribuídas integralmente aos municípios contemplados nesta primeira fase, entre eles Toledo, que integra o grupo de cidades com mais de 50 mil habitantes selecionadas conforme as diretrizes federais. A expectativa é que, no próximo semestre, o método esteja disponível em todas as 22 Regionais de Saúde.
Durante a oficina, equipes médicas e de enfermagem receberam kits com cartilhas, aplicadores e placebos, além de treinamento em braços anatômicos para prática das técnicas de inserção e retirada. Também foram discutidos fluxos assistenciais e organização territorial para implantação do serviço.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, destacou que “a qualificação dos profissionais e a organização dos serviços são fundamentais para que esse novo método chegue a quem mais precisa. A inserção do implante amplia o cuidado, reduz desigualdades e fortalece os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e adolescentes”.
Toledo, assim como os outros municípios contemplados, deverá organizar internamente as equipes habilitadas, fluxos de atendimento e oferta do implante nas unidades da rede pública, conforme o planejamento da Regional de Saúde.
Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN).















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