Diverticulite: sintomas, causas, diagnóstico e tratamento


Foto: Toledo News

A palavra divertículo é derivada do latim diverticulum, que significa pequeno desvio da via normal. De forma simplificada, os divertículos nada mais são que pequenas bolsas que aparecem revestindo o intestino grosso. Dizemos então que os pacientes que apresentarem estas anormalidades possuem a chamada diverticulose. Ela não necessariamente ocorre com a apresentação de sintomas e/ou complicações, porém, em casos de inflamação destas pequenas bolsas, teremos então, a doença intestinal chamada de diverticulite.

Um fator importante para a formação de divertículos é a falta de fibras e água na dieta do paciente, associada ao aumento da pressão dentro o intestino grosso, o que força a invaginação das paredes para fora nos pontos de maior fraqueza, por este motivo consideramos que sua incidência é mais comum em países industrializados, pois possuem dieta pobre em fibras.

A diverticulite é incomum antes dos 40 anos e sua incidência aumenta a partir dos 50 anos de idade, isso ocorre devido ao envelhecimento das estruturas que leva a uma diminuição da força tênsil (força capaz de manter os tecidos unidos por mais tempo) das fibras colágenas e musculares do intestino grosso. O acometimento entre homens e mulheres é similar e o local mais comum dos divertículos é o cólon sigmoide (65,00%). A maioria dos pacientes (70,00%) não apresentam sintomas, alguns pacientes com diverticulose não complicada (10,00%) apresentam sintomas inespecíficos como dor abdominal intermitente, podendo estar associada à distensão abdominal, flatulência e excesso de gás e, 15,00 a 30,00% apresentam doença diverticular complicada: diverticulite e hemorragia diverticular.

A causa da inflamação do divertículo é devido à obstrução de fezes no interior do intestino, causando acúmulo de muco e proliferação de fezes, evoluindo com necrose e perfuração da parede nos casos mais graves. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, contínua e podendo ser de forte intensidade, quase sempre localizado no canto inferior esquerdo do abdome, podendo ser acompanhada de febre, náuseas e vômitos, perda de apetite e alteração no hábito intestinal. As complicações da diverticulite são: perfuração, abscesso, fístula e estenose.

O diagnóstico é feito com exames laboratoriais, exames de imagem (por exemplo: radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética) e colonoscopia. O tratamento é clínico nas formas não complicadas da doença e se dá através de determinados medicamentos, pelo aumento da ingestão de fibras e água na dieta do paciente. Fibras e água aumentam o peso das fezes, diminuem o tempo do trânsito intestinal e reduzem a pressão que causa na parede do intestino. A melhor fonte de fibras naturais são os cereais, seguidos das frutas e verduras. A maioria dos episódios de diverticulite são leves e/ou moderados e o tratamento se limita a dieta líquida e antibióticos, já nos casos graves o tratamento deve ser intra-hospitalar, com jejum e antibióticos venosos, porém cerca de 20,00% destes pacientes não melhoram com este tratamento e necessitaram de tratamento cirúrgico.

Doutor. Leandro Faé

CRM – PR 36.049

Clínica Endogastro Toledo

Cirurgia Geral pelo Hospital Felício Rocho – Belo Horizonte - MG

Endoscopia Digestiva pela Faculdade Suprema – Juiz de Fora - MG

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Dr. Leandro Faé

Dr. Leandro Faé
CRM – PR 36.049

CLÍNICA ENDOGASTRO TOLEDO
Cirurgia Geral pelo Hospital Felício Rocho – BH/MG
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