Secretaria da Fazenda apresenta contas do 2º quadrimestre em Audiência Pública na Câmara de Toledo

Em audiência pública na Câmara de Toledo, representantes do Poder Executivo prestaram contas do resultado financeiro e orçamentário do Município. A Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) é responsável pela organização da audiência pública. A explanação ocorreu na tarde de terça-feira (23).
A Lei Complementar Federal de N° 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que “até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Ministro ou Secretário de Estado da Fazenda demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre e a trajetória da dívida, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição Federal ou conjunta com as comissões temáticas do Congresso Nacional ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais”.
O vereador Pedro Varela (Progressistas) presidiu a audiência, acompanhado do secretário Roberto de Souza (PT) e dos membros Jairo Cerbarro (Democracia Cristã), Katchi Nascimento (MDB) e Sergio Japonês (PL). Parlamentares que não integram a CFO também acompanharam a audiência. Balnei Rotta, secretário da Fazenda, comandou a apresentação dos números do segundo quadrimestre de 2025, ao lado da equipe técnica da pasta.
Antes do início da apresentação, o vice-prefeito Lucio de Marchi utilizou a tribuna para expor o panorama dos oito primeiros meses. “Nos primeiros meses de gestão, nós fizemos todo um diagnóstico da situação. Muitas ações aconteceram nesse quadrimestre e nesses primeiros oito meses de governo. Muitas ações positivas foram realizadas e muitas ações estão sendo desenvolvidas”. O representante do Poder Executivo citou, entre outros feitos, obras de recuperação de estradas rurais e investimentos em infraestrutura.
O prefeito Mario Costenaro está em missão oficial em Curitiba-PR. Segundo Lucio de Marchi, uma das agendas é a assinatura do convênio para construção do Centro de Revitalização da Terceira Idade (Certi) do Grande Panorama/São Francisco. O vice-prefeito informou que o espaço será batizado com o nome de José Carlos Schiavinato. (Confira o trecho).
Balnei Rotta iniciou a apresentação. Até o segundo quadrimestre, a receita arrecadada do Município foi de R$ 623,58 milhões, aproximadamente. As receitas são compostas por R$ 606,96 milhões de receitas correntes e R$ 16,62 milhões de receitas de capital. Em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 582,15 milhões), a variação foi de 7,12%. A despesa empenhada até agosto de 2025 registrou R$ 653,41 milhões – aumento de 10,82% em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 589,67 milhões). O resultado orçamentário foi de -R$29,89 milhões. Com o acréscimo do cancelamento de resto a pagar (R$ 5,796 milhões) e a subtração de transferências a entidades (R$ 13,73 milhões), o resultado do exercício ajustado fica em um déficit de R$ 37,832 milhões.
A previsão atualizada de receitas correntes para o exercício de 2025 está em R$ 913,122 milhões. O orçamento total previsto (previsão de receitas correntes + previsão de receitas de capital) no momento é de R$ 966,566 milhões.
Na prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025, o superávit financeiro acumulado do Município estava em R$ 121,58 milhões. Com o reajuste do resultado do exercício ao fim de agosto, o superávit financeiro acumulado avançou para 123,503 milhões. Em relação ao fim do segundo quadrimestre de 2024, o superávit acumulado recuou 37,47% - totalizava R$ 197,49 milhões em agosto do ano passado.
No segundo quadrimestre de 2025, as receitas correntes (R$ 606,961 milhões) estão divididas da seguinte forma: R$ 162,88 milhões de origem estadual (ICMS bruto, IPVA bruto e outros), R$211,251 milhões de origem federal (FPM bruto, FUNDEB, transferências SUS/FNDE e outros recursos) e, em receitas próprias, o demonstrativo de R$ 232,822 milhões apresenta uma variação de 7,08% do registro do mesmo período em 2024.
Em relação às obrigações constitucionais e ao limite prudencial, o percentual de gastos em pessoal está em 48,84% da receita corrente líquida (acima de 48,6%, patamar do primeiro alerta do Tribunal de Contas do Paraná); Educação registra 22,34% em empenhos liquidados (25% é o índice constitucional mínimo de valores empenhados até o fim do exercício); e 33,97% em Saúde (a obrigatoriedade constitucional é de 15%). Confira a explicação da equipe sobre a evolução dos gastos em pessoal.
Até o fim de agosto, as despesas empenhadas por Secretarias foram divididas em: Saúde (R$ 189,37 milhões – 29%); Educação (R$ 148,22 milhões – 23%); Fazenda (R$ 106,75 milhões – 16%); Infraestrutura (R$ 44,34 milhões – 7%); Assistência Social (R$ 29,4 milhões – 5%); Trânsito (R$ 25,72 milhões – 4%); Administração (R$ 21,4 milhões – 3%); Meio Ambiente (R$ 16,09 milhões – 2%); e Esporte (R$ 11,24 milhões – 2%). Demais despesas empenhadas totalizaram R$ 60,185 milhões.
O cenário da dívida com precatórios não foi alterado em relação à última prestação de contas. O saldo atual da dívida está em aproximadamente R$ 117,349 milhões. O Município realizou a amortização de R$ 29,33 milhões em 2025. O prazo determina o pagamento até o fim de 2029.
Em relação à dívida fundada, a Secretaria da Fazenda apontou o total de R$ 116,945 milhões – o saldo devedor ao abril de 2025 estava em R$ 111,276 milhões. A dívida com a AFD diminuiu de R$30,39 milhões (em abril) para R$ 28,02 milhões (fim de agosto). Com o BID-2008, a dívida também diminuiu no período, de R$ 16,63 milhões para 15,94 milhões. O saldo devedor com a Caixa Econômica Federal teve um aumento de aproximadamente R$ 10 milhões, por conta da liberação da parcela do Finisa. Atualmente, o valor é R$ 66,23 milhões.
Após a apresentação, dúvidas gerais sobre o tema foram respondidas pela equipe da Secretaria da Fazenda e pelo vice Lucio de Marchi. A gravação completa está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=mR0k2dhRmBo.















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