Situação da dengue e novas ações são tema de encontro na Prefeitura de Toledo


Foto: Divulgação

Diversos setores estiveram reunidos na quinta-feira (21) para tratar assuntos relacionados à epidemia de dengue. O encontro aconteceu na Prefeitura de Toledo e teve a presença da Defesa Civil, Ministério Público, Gabinete do Prefeito e diversos setores da administração municipal, Câmara de Vereadores, 20ª Regional de Saúde e Consórcio de Saúde dos Municípios do Oeste do Paraná (Consamu). O objetivo era prestar contas, apresentar números e ouvir sugestões para combater o Aedes aegypti. Também ficaram definidas duas ações: uma de entrada forçada em imóveis fechados e um mutirão de fiscalização em terrenos sujos e com mato alto. 

Conforme o último boletim semanal, Toledo soma 1644 casos confirmados da doença e seis óbitos, sendo cinco de pessoas idosas, com comorbidades, e um paciente de 54 anos sem problemas de saúde pré-existentes. A secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, traçou uma cronologia das iniciativas tomadas para minimizar os impactos da dengue no município, como o trabalho do comitê intersetorial, campanhas informativas, aproximadamente 400 ações educacionais, incluídas as blitze do desafio das primeiras-damas, peças teatrais em escolas e centros municipais de educação infantil, reuniões em igrejas, clubes de serviço, empresas e entidades, sete Ecopontos Itinerantes e o preenchimento do quadro funcional de agentes de combate a endemias (ACE’s).

Em relação ao tratamento dos sintomáticos, o prefeito Beto Lunitti, falou dos esforços para a contratação de mais profissionais de saúde via Processo Seletivo Simplificado (PSS), ampliação do limite para pagamento de horas extraordinárias, abertura de um local exclusivo para atendimento de sintomáticos e extensão do horário de três unidades básicas de saúde, além da atualização de protocolos de atendimento. O gestor toledano ainda relatou o empenho para a compra de insumos, como medicamentos e soro fisiológico. “Não temos situação de falta, porém diante do cenário nacional existe uma preocupação com a escassez de itens de tratamento para entregas futuras”, disse Beto.

Próximas ações - A Prefeitura irá intensificar as ações em relação aos terrenos com mato alto e sujos. Qualquer imóvel que possua estas situações será multado. “Atualmente a pessoa é notificada para que seja procedida a limpeza e recebe um prazo para isso. Diante da situação que estamos vivenciando, e como é obrigação do proprietário manter seu imóvel limpo, seremos mais rígidos com a pequena parcela da população que não tem cumprido com o seu dever. Existem dispositivos legais para isso e essa ação foi orientada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que esteve presente conosco neste encontro”, destacou o prefeito Beto Lunitti. 

O gestor toledano ainda lembrou que os diversos agentes públicos, entre eles as forças de segurança, Defesa Civil, darão suporte para os agentes de combate às endemias realizarem visitas em residências fechadas e imóveis onde não foi permitida a entrada. “Faremos a entrada forçada nesses locais para que haja fiscalização, vistoria e se for encontrada focos, será lavrado o ato infracional. Será dada ampla publicidade a essas ações, para que as pessoas entendam que o problema é sério. Essa também foi uma sugestão do Ministério Público para que seja mantida a saúde pública”, comentou. 

Regulação e leitos hospitalares - A chefe da Seção da Atenção Primária da 20ª Regional de Saúde, Andriele Gerardi, informou que a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) vem monitorando a situação e promovendo capacitações. Além disso,reforçou que o protocolo de atendimento aos pacientes com sintomas de dengue é diferente do Protocolo de Manchester e que os municípios precisam ficar atentos para saber priorizar aqueles que se encontram em quadro mais grave. 

Já o diretor médico da Central de Regulação da Macro-Oeste do Consamu, Fernando Chiavelli Sonomiya, apontou que a demanda por leitos hospitalares de enfermaria tem sido o principal gargalo nas últimas semanas. “A procura seria menor se as pessoas com sintomas logo procurassem a assistência médica e passassem por hidratação precoce, evitando, assim, o agravamento dos sintomas”. Outro problema apontado por Sonomiya é a logística de transporte de pacientes para outros municípios, pois as secretarias municipais de Saúde e o Samu não dispõem de ambulâncias em número suficiente para esta alta demanda. 

Coletas de resíduos volumosos - Ecopontos Itinerantes e a coleta de resíduos volumosos nos domicílios foram destacados pelo secretário do Meio Ambiente, Júnior Henrique Pinto. Ao todo, foram realizadas sete edições nos últimos meses. Além disso, a Secretaria do Meio Ambiente tem auxiliado a Secretaria de Saúde em lares onde moram pessoas acumuladoras. Júnior ainda lembrou que foi iniciada a troca e ampliação do número dos “amarelinhos”, contêineres destinados ao depósito de material reciclável no município. “Passaremos dos atuais 104 para 150 contêineres distribuídos pela área central da cidade”, destacou.

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