Rastros de luz vistos na última noite em Toledo e em diversos municípios paranaenses foram confirmados como lixo espacial, dizem especialistas


Foto: Toledo News
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Na noite de quarta-feira, 21 de agosto, e na madrugada de quinta-feira (22), vários rastros de luzes foram avistados no céu de Toledo, bem como em diversos municípios da região Oeste e em todo o Paraná. O fenômeno chamou a atenção dos moradores e gerou curiosidade sobre a sua origem. Diversas imagens e vídeos foram registrados por moradores intrigados com o ocorrido.

Para esclarecer a situação, a equipe de reportagem do Toledo News entrou em contato com Janer Vilaça, astrônomo e coordenador de projetos especiais na Fundação Parque Tecnológico de Itaipu. Vilaça forneceu explicações sobre o fenômeno observado.

Conforme o astrônomo, a explicação mais plausível é de que se tratava de lixo espacial. “Pelo que a gente está discutindo com outros professores e especialistas, imaginamos que muito antes de ser um bólido, ou seja, um objeto que é atraído pela terra, ele tangencia a terra, mas acaba não entrando, pode ser um objeto de reentrada, ou seja, lixo espacial que saiu, foi inutilizado, ficou no espaço e entrou e queimou. Isso é uma grande vantagem quando esses objetos entram e queimam, porque caso contrário seríamos bombardeados”, informou o professor.

Vilaça explicou que os objetos conhecidos como lixo espacial são denominados como de ‘reentrada’. “Quando a gente fala que um objeto teve uma reentrada, é exatamente isso aí. Ele entrou, saiu artificialmente e nem voltou em função da gravidade”.

Conforme a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o lixo espacial observado na última noite em Toledo e demais municípios da região e estado, seriam satélites da Starlink, mais precisamente o “Starlink-2.719”. Havia uma previsão da entrada desse objeto na Terra e da sua passagem pelo Paraná por volta das 23h00 de ontem, 21 de agosto.

De acordo com Janer Vilaça, a presença de rastros de luzes tão visíveis em diferentes localidades pode ser atribuída ao fato de que o objeto estava a uma altitude muito elevada. “Quando um objeto está em órbita a uma grande altitude, ele pode ser visto de vários lugares simultaneamente”, Ele complementou ressaltando que o objeto foi visto em várias cidades. “O objeto estava tão alto que, ao passar pelo céu, foi visível para muitas pessoas em diferentes cidades", disse Vilaça.

O astrônomo acrescentou que, quanto mais baixo estiver o objeto, mais restrita será a área onde ele pode ser visto. No caso das luzes avistadas, a altura do objeto fez com que fosse perceptível em uma vasta região, incluindo Maringá, Londrina, Toledo e Foz do Iguaçu e diversos outros municípios. 

Ele também destacou que esse fenômeno demonstra o interesse crescente das pessoas pelo céu, ao contrário do que sugeria o recente filme "Não Olhe para Cima", que ironizava a falta de atenção para eventos astronômicos.

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