Unioeste de Toledo avança na internacionalização com estudante em dupla titulação em Portugal


Foto: Divulgação - Unioeste
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A internacionalização da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, segue se consolidando por meio de iniciativas que ampliam a formação acadêmica e a presença da instituição no cenário global. Um exemplo desta expansão é a trajetória da aluna do curso de Engenharia Química, Maria Júlia de Lima, que atualmente realiza a dupla titulação no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal.

Logo nos primeiros meses em Bragança, a estudante vem percebendo as diferenças entre os modelos educacionais brasileiro e europeu. Para ela, a base sólida adquirida na Unioeste tem sido fundamental para o bom desempenho no exterior. “O ensino da Unioeste é muito completo, ensinando não somente os conteúdos passados em sala de aula, mas também como administrar o tempo para as atividades de pesquisa e estudos. Isso fez toda a diferença aqui”, comenta.

Ao comparar as estruturas de formação acadêmica, a estudante destaca a força das atividades extracurriculares no Brasil, que complementam o processo de aprendizagem. “No Brasil, somos muito incentivados a participar de iniciativas como AIChE, Empresa Júnior, centro acadêmico e projetos de Iniciação Científica. Aqui não há tantas atividades desse tipo durante a graduação. Muitos colegas só começam a ter esse tipo de experiência no mestrado”, explica.

A estudante também ressalta que, em Portugal, o sistema de ensino é diferente: “A graduação é dividida em licenciatura, com três anos, e mestrado, com mais dois anos. Só depois disso você pode atuar na área.” Outro ponto que tem ampliado sua visão acadêmica é o enfoque europeu na sustentabilidade e na produção de alimentos orgânicos. “Aqui em Portugal, e na Europa como um todo, existe um pensamento muito voltado para a sustentabilidade. Isso tem ampliado meu campo de visão sobre a área e sobre as possibilidades de atuação na Engenharia Química”, afirma.

Além da formação técnica, a vivência internacional tem proporcionado uma experiência multicultural intensa. O IPB é reconhecido por receber estudantes de diversos países, criando um ambiente de troca constante. “A troca cultural é uma das principais experiências que estou tendo aqui. Converso com pessoas do mundo todo e isso enriquece muito nossa visão sobre a Engenharia Química e sobre a vida acadêmica”, relata.

Segundo Maria Júlia, os laboratórios da instituição portuguesa também têm contribuído para o desenvolvimento científico: “Os laboratórios são muito completos, com equipamentos de ponta. Está sendo possível aprimorar a pesquisa que eu já realizava no Brasil, complementando ainda mais os resultados.”

A estudante explica que o interesse pela dupla titulação começou no segundo ano da graduação, quando surgiram as primeiras conversas sobre a parceria entre a Unioeste e o IPB. O edital para seleção foi publicado no início de 2025, e ela não perdeu a oportunidade. “Sempre tive o sonho de estudar fora. Quando o edital saiu, me inscrevi e fui selecionada. A Unioeste deu todo o suporte, como o pagamento das passagens, do seguro de vida e da mensalidade. Esse apoio foi essencial para tornar tudo possível”, destaca.

Maria Júlia também faz questão de agradecer às professoras que acompanharam o processo. “Tive muita ajuda da professora Mônica e da coordenadora do curso, Tatiana Baumgartner, tanto no ajuste do plano de estudos quanto no envio da documentação. Sem esse suporte, nada disso teria acontecido.”

“Ter um convênio de dupla diplomação com uma instituição de referência como o Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal, representa um avanço significativo para nossos estudantes e para o curso”, afirma a coordenadora do curso de Engenharia Química da Unioeste, professora Tatiana Baumgartner.

A possibilidade de obter um diploma válido em 26 países da União Europeia amplia as oportunidades profissionais e oferece uma experiência internacional transformadora. “Para a Engenharia Química da Unioeste, a parceria reforça a internacionalização, estimula a inovação e fortalece a qualidade da formação. É um programa que agrega valor, impulsiona o desenvolvimento acadêmico e consolida a presença da instituição no cenário global”, finaliza a docente.

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