Casa Abrigo Regional: assembleia do Ciasop define protocolo de atendimento

O Auditório Acary Oliveira, anexo ao Paço Municipal Alcides Donin, sediou na manhã desta terça-feira (18) a assembleia geral ordinária do Consórcio Intermunicipal de Assistência Social do Oeste do Paraná (Ciasop). O encontro reuniu gestores públicos e técnicos de secretarias municipais de Assistência Social de municípios da região para discutir e aprovar os procedimentos que orientarão o funcionamento da Casa Abrigo Regional para Mulheres em Situação de Violência, cuja implantação está em fase final de organização.
O principal item da pauta foi a apreciação do Protocolo de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência. O documento, que define fluxos, responsabilidades, critérios de ingresso e cuidados ofertados pelo espaço, será aplicado na Casa Abrigo Regional, que começará a funcionar em breve em Toledo. A leitura do texto abriu espaço para sugestões de ajustes feitas pelos participantes, que posteriormente votaram e aprovaram a versão final.
O promotor da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Toledo, José Roberto Moreira ressaltou que a Casa Abrigo Regional nasce de um processo institucional iniciado pelo Ministério Público. “A ideia da Casa Abrigo Regional foi gestada no gabinete da 2ª Promotoria de Justiça de Toledo e esta demanda foi apresentada à gestão municipal da época, desencadeando o processo de articulação que permitiu chegar ao desenho atual do projeto”, recorda o promotor. “Fico muito feliz por estarmos aqui a dias de concretizar essa política pública; ela é efetiva, é importante e vai atender a necessidade de vários municípios, o que indica que iniciativas dessa natureza prosperam quando há boa intenção e esforço conjunto”, analisa.
De acordo com o vice-prefeito de Toledo Lucio De Marchi, a implantação da Casa Abrigo Regional representa um avanço significativo na rede de proteção às mulheres da região. “Esperamos que nenhuma mulher precise recorrer a este serviço, porém sua existência é essencial para garantir acolhimento em situações de violência. É uma iniciativa louvável do Ciasop, da Adamop e da Amop e quero parabenizar todos os envolvidos neste processo; será uma estrutura que será a mão amiga das mulheres de nossa região”, destaca.
O prefeito Mario Costenaro avaliou que a criação da Casa Abrigo Regional consolida uma prática de cooperação institucional que tem guiado iniciativas recentes do município. “Na viagem que fiz recentemente à Alemanha e à Finlândia ficou muito claro para mim alguns conceitos que eles levam a sério: cooperação multissetorial e multidisciplinaridade; são coisas que nós temos praticado por aqui e a Casa Abrigo Regional é um exemplo”, ressaltando que esse modelo também se manifesta no trabalho conjunto com o Ministério Público em diferentes áreas. “A partir destas experiências, de nossos ativos tecnológicos, das nossas redes de instituições, podemos, cada vez mais, fazer a diferença na vida das pessoas, pois, quando estamos juntos, temos maiores possibilidades de atingir nossos objetivos”, frisa.
Próximos passos
Após a apreciação do protocolo, a assembleia também aprovou diretrizes para ingresso de mulheres no espaço e regras de aportes financeiros das prefeituras ao consórcio. A ordem do dia incluiu ainda a apreciação da prestação de contas do 2º quadrimestre de 2025 e o debate de assuntos gerais.
A Casa Abrigo Regional terá sede permanente em um terreno de 2.240 metros quadrados no Jardim Aristocrata, em Toledo. Enquanto a obra não é iniciada, o Ciasop está em processo de locação de um imóvel para receber provisoriamente a estrutura de acolhimento, garantindo que o serviço possa começar a operar tão logo os trâmites administrativos sejam concluídos.
A secretária de Assistência Social de Toledo, Simone Ferrari, explica que o serviço começará a funcionar em espaço provisório enquanto a estrutura definitiva é organizada. “Estamos vendo uma casa alugada para sediar temporariamente a Casa Abrigo Regional e o Consórcio Intermunicipal de Assistência Social do Oeste do Paraná (Ciasop) está finalizando o concurso para contratação da equipe”, relata Simone. “Após essa etapa, o consórcio providenciará a aquisição do mobiliário e demais itens necessários para o início das atividades. Terminando essa fase de estruturação do projeto e com a homologação desse concurso até dezembro, prevemos começar os trabalhos deste espaço, na casa alugada, até janeiro ou fevereiro do ano que vem”, anuncia.
Simone pontua que há avanços no processo para construção da estrutura definitiva da Casa Abrigo Regional. “Temos um convênio firmado com a Secretaria de Estado da Mulher e Igualdade Racial e Pessoa Idosa que nos possibilitará a construção da sede própria deste espaço. A obra, se tudo correr dentro dos prazos, poderá ser licitada até o fim do ano”, adianta a secretária.
Também estava no evento a primeira-dama de Maripá, Ângela Schanoski, que ocupa a presidência da Associação das Primeiras-Damas do Oeste do Paraná (Adamop), entidade que encampou a causa de construir uma casa para abrigar mulheres vítimas de violência doméstica e propôs a criação do Ciasop. Ela veio acompanhada do esposo, o prefeito de Maripá e presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Rodrigo Schanoski. “Estamos vivendo hoje um momento muito especial, com definições importantes antes de dar início ao funcionamento de uma estrutura com a qual sonhávamos há muito tempo. O documento com os protocolos é fruto de um trabalho árduo, feito a várias mãos, após várias reuniões. Tudo foi pensado para que o interesse de todos os municípios integrantes do Ciasop fosse atendido”, comenta Ângela.



















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