Do grito entalado há 15 anos, para a Glória Eterna! O Fluminense é um campeão da América cheio de histórias


Foto: Toledo News

O dia era 04 de novembro de 2023, mas para os tricolores ainda era 02 de julho de 2008. Os torcedores do Fluminense ainda viviam aquela derrota com toda a dor que podiam, a dor de um quase, a dor de um grande time que ficou a um passo do paraíso em casa (falo da final da Libertadores de 2008 perdida para a LDU).

Esse dia fatídico demorou 15 anos, quatro meses e dois dias para passar ou para ser enterrado, porém finalmente foi pelo “Cano”. Cano é o nome do hoje maior ídolo da torcida tricolor e dono de 13 gols na campanha da conquista.

Outro grande símbolo dessa conquista tem nome de presidente, Jhon Kenedy, no entanto para os torcedores do Fluminense está mais para um nobre, ou melhor um “Urso”. Diniz falou que o gol do título seria dele, assim como o gol da classificação para a final, e assim foi. Um menino que extravasou toda a sua alegria na hora do gol mais importante da história do clube e foi injustamente expulso, mas isso é história para outra coluna. O que vale lembrar aqui é que esse menino passou por diversos problemas pessoais, foi acolhido pelo treinador, deu a volta por cima em um empréstimo para a Ferroviária-SP e voltou para ficar eternizado.

São tantas histórias, do jovem Nino, um general que agradeceu um tapa na cara e se preparou intensamente para a decisão e agora vai à Europa tendo erguido a taça da Libertadores. O que falar de André, o maestro do time, o regista, outro que abriu mão do futebol europeu pela Glória Eterna.

E temos que falar dos mais velhos, de um Ganso que foi dado como acabado, mas que ainda foi grande neste Fluminense. O que falar de Marcelo, que desfilou toda a sua técnica em campos brasileiros e viveu imensamente a conquista, mesmo já tendo cinco Champions. Teve o durão Felipe Melo, o pitbull, ele que já estava aos prantos no hino, ele foi gigante, foi líder, deu experiência e ajudou muito na conquista. Ainda temos que falar em um paredão que conquistou o título mais importante de sua carreira e parece um jovem, isso com 43 anos. Fábio marcou o seu nome na história do Cruzeiro e agora também fica marcado no Fluminense.

Eu ainda poderia listar tantos nomes, todavia seriam muitas palavras ou caracteres para isso. Calma torcedor, eu vou falar dele, do Diniz, o comandante dessa conquista. Ele prima pelo futebol bonito, assim como o Renato em 2008, como foi em vários momentos da história do Fluminense. Diniz foi humano, entendeu os jogadores, os ouviu, mas o principal os fez entender totalmente qual era a sua ideia de jogo, ideia essa que jamais abriu mão, foi até o fim sem dar ouvidos às várias críticas ao seu trabalho, a sua teimosia e no fim ele estava certo, pois o Fluminense é campeão da América.

Por fim, o recado vai para os torcedores do Fluminense. Comemorem, comemorem e comemorem, eu sei o que é isso, eu também sou torcedor e já vivi esse momento. O grito entalado desde 2008 saiu e precisava ser na casa de vocês, no local onde o sofrimento começou, ali ele precisava findar e findou! Todas as emoções vistas nessa final ficarão marcadas para sempre nos corações tricolores como uma GLÓRIA ETERNA!

* As informações contidas nos artigos de colunistas, não necessáriamente, expressam a opinião do Toledo News.

Kelvin Polasso

Kelvin Polasso é jornalista, formado em 2018 no Campus de Toledo do Centro Universitário FAG. Atualmente cursa marketing no Centro Universitário Uningá. No momento atua na área jornalística e tem experiência na cobertura de eventos esportivos em Toledo e no Paraná. Kelvin não esconde o seu amor, paixão e entusiasmo quando fala sobre esporte e também deixa evidente que torce pelo Grêmio, mas podem ficar tranquilos que quando houver alguma análise a sua ‘alma castelhana’ não irá pesar.

Últimas notícias