Entenda o caso: a sequência de eventos que levou à morte do policial Ariel Rubenich e aos desdobramentos que abalaram Cascavel

A morte do policial militar Ariel Julio Rubenich, de 34 anos, durante uma perseguição na noite de terça-feira, 25, desencadeou uma série de acontecimentos trágicos que mobilizaram forças de segurança, familiares e moradores de Cascavel-PR. O caso ganhou rápida repercussão regional devido à violência da ocorrência, ao histórico do suspeito e aos desdobramentos que se seguiram.
A perseguição começou por volta das 20h10, quando uma equipe da Radiopatrulha (RPA) ouviu arrancadas bruscas na Rua Tupis, na região Oeste da cidade. Os ruídos, inicialmente confundidos com disparos de arma de fogo, levaram os policiais a retornar para averiguação. No local, o motorista de um VW Passat branco realizava manobras suspeitas, trafegando sem cinto e utilizando o celular ao volante. Ao receber o sinal de parada, segundo o Boletim de Ocorrência (B.O), o condutor encarou o policial e acelerou bruscamente, iniciando a fuga.
A partir daí, equipes da PM foram acionadas e passaram a acompanhar o suspeito por várias ruas e avenidas da cidade. A perseguição foi marcada por manobras extremamente perigosas: avanço de preferenciais, direção na contramão, alta velocidade e arremessos do carro contra outros veículos e pedestres. Na Avenida Tancredo Neves, durante uma tentativa de bloqueio, o policial Ariel Rubenich, que pilotava uma motocicleta com sinais sonoros e luminosos acionados, foi atingido quando o motorista lançou o Passat em sua direção. A moto colidiu contra uma árvore, e o impacto foi fatal. Rubenich recebeu atendimento imediato, incluindo massagem cardíaca, mas morreu dentro da ambulância.
Mesmo após provocar o acidente, o motorista continuou em fuga. Ele percorreu diversos bairros, colidiu com veículos em congestionamentos e só foi contido na Rua Tapajós, no Bairro Santo Onofre. No local, familiares e conhecidos tentaram impedir a abordagem, sendo necessário o uso de munições de impacto controlado e spray de pimenta. Três pessoas foram detidas por desobediência e perturbação do trabalho policial.
A situação ganhou um desdobramento ainda mais trágico quando a mãe do motorista passou mal ao ver o filho sendo preso. Ela foi atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tancredo Neves e acabou falecendo após sofrer um infarto. A identidade não foi oficialmente divulgada.
O condutor foi identificado como Edson Ferreira da Cruz, que possui diversas passagens pela Polícia, incluindo tráfico de drogas, direção perigosa, porte ilegal de arma, adulteração de sinal identificador, tentativa de homicídio, receptação e desobediência. Durante a prisão, ele resistiu e precisou ser contido. No veículo, a perícia encontrou uma porção de maconha. O bafômetro resultou em 00,00 mg/L.
A morte do policial Ariel Rubenich gerou forte comoção em Cascavel e na Polícia Militar (PM). Colegas de farda, familiares e comunidade manifestaram pesar pela perda do agente, que era reconhecido pelo comprometimento com o serviço público. O corpo do militar começou a ser velado na manhã de quarta-feira (27), na Capela Master da Acesc, onde permanecerá até às 14h00. Em seguida, será levado para Santo Antônio do Sudoeste, onde será novamente velado e sepultado.

Enquanto isso, o inquérito segue em andamento na Polícia Civil (PC), que apura todos os fatos relacionados à perseguição, ao acidente e às circunstâncias da morte do policial. A tragédia evidenciou o impacto de ações violentas no trânsito e o risco enfrentado diariamente por agentes de segurança no cumprimento do dever.
Com informações da Central Gazeta de Notícias (CGN).



















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