Opções para novo técnico da Seleção Brasileira são variadas, mas não existe um nome unânime


Foto: Toledo News

A eliminação da Seleção Brasileira da Copa do Mundo FIFA de 2022 no Qatar completou uma semana nesta sexta-feira (16). A derrota de difícil digestão para a Croácia ainda causa dor em diversos brasileiros, mas desde então um tema veio à tona. Quem será o novo técnico da maior Seleção do futebol mundial?

Bom, hoje não temos um nome unânime nessa corrida para treinar o Brasil. Em outros momentos esse nome foi mais claro, como foram os casos de Felipão ao assumir em 2001, Parreira após o título de 2002, Muricy Ramalho chamado em 2010, mesmo tendo rejeitado o cargo e Mano Menezes logo em seguida. O nome de Tite também foi o mais comentado após as saídas de Mano em 2012 e  Felipão em 2014, no entanto só assumiu em 2016, depois de Dunga ser demitido.

Tite fez um trabalho muito consistente, porém falhou em Copas do Mundo e é isso que marcará a sua passagem pela Seleção Brasileira.

Agora temos um ciclo de três anos e meio até a Copa do Mundo de 2026 e ainda não temos um nome que agrade a todos. Muitos falam em técnicos estrangeiros, muito pelos bons trabalhos recentes em clubes do país e principalmente pelo momento ruim de nossos treinadores.

Quem seriam os nomes mais indicados? Muito se fala nos principais técnicos da atualidade, nomes como Guardiola ou Klopp, o que é inviável por uma série de fatores. Eles têm contratos longos com Liverpool e Manchester City, que hoje são dois dos melhores times do mundo, ambos preferem o dia a dia dos clubes aos jogos esporádicos das seleções e têm salários muito altos, algo inviável para qualquer seleção.

Ok! Guardiola e Klopp estão descartados! Então quais os nomes estrangeiros que poderiam ser debatidos? Hoje o nome mais falado na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é o de Carlo Ancelotti. O treinador do Real Madrid, maior clube do mundo, disse que pode negociar com a ‘Amarelinha’ em junho, ao fim da atual temporada. Vale esperar! Algumas fontes dão a informação de que a negociação pode ocorrer, enquanto outros afirmam que Ancelotti seguirá em Madrid até o meio de 2024. Este é o melhor nome viável, mas ainda é uma incógnita.

Podemos ir em outras apostas do ‘Velho Continente’ como Roberto Martinez que deixou a Bélgica recentemente ou Luis Enrique, ex-Espanha e Barcelona. Também podemos seguir a linha dos portugueses, esses mais próximos por toda a história de colonização, língua e por trabalhos recentes em clubes daqui. Daí surgem nomes mais fortes como Abel Ferreira do Palmeiras e Jorge Jesus, credenciado pelo excelente trabalho no Flamengo em 2019.

Se falarmos de portugueses que fizeram bons trabalhos na Europa, ainda podemos discutir nomes como Bruno Lage, Paulo Fonseca, Marco Silva, Leonardo Jardim, André Vilas Boas, Nuno Espírito Santo, Sérgio Conceição e outros.

Falar em técnicos da Ásia, Oceania, África e América do Norte não é plausível, pois temos opções melhores ou tão boas quanto em nosso país.

Na América do Sul também não é viável falarmos de opções de outros países pelo mesmo motivo listado acima. Quanto aos argentinos, sim eles são melhores que os brasileiros atualmente, todavia a rivalidade intensa entre os dois países inviabiliza qualquer possibilidade.

Quanto aos brasileiros não temos um nome destacado. Este colunista destaca quatro opções interessantes. Uma delas seria um medalhão, mas Felipão, Abel Braga, Muricy Ramalho e Carlos Alberto Parreira já não treinam mais. Ainda resta Vanderlei Luxemburgo, nome de grande experiência, respeito, ótimos resultados e bagagem incrível de futebol, porém os trabalhos recentes o deixam fora da briga, além é claro de não ser mais um jovenzinho.

Outro nome seria o de Renato Portaluppi ‘Renato Gaúcho’. Esse é um técnico questionado pela qualidade de seus treinamentos e por poucas variações táticas, no entanto é o melhor nome no quesito ‘boleiro’ é o treinador que mais entende o vestiário e compreende os jogadores. É uma valência a ser analisada, mas também já passou por sua melhor fase.

Outro nome que surge é o de Mano Menezes. Mano teve o auge no Grêmio e Corinthians ainda no final da década de 2000. Teve uma passagem de pouco mais de dois anos na Seleção Brasileira e talvez tenha sido injustamente demitido no seu melhor momento à frente da Amarelinha. Seria uma reparação histórica e mais uma oportunidade para o gaúcho.

Mano teve momentos ruins depois da saída da Seleção Brasileira, recuperou o bom trabalho no Cruzeiro e novamente viveu uma fase ruim. Se recuperou em 2022 com um trabalho excelente no Internacional. Também vale a análise.

Por último o nome que este colunista apostaria, Fernando Diniz. Ancelotti é a maior grife possível e o melhor estraneiro viável, porém vou na ideia e filosofia de jogo de Diniz. Ele não tem títulos em sua carreira como treinador e isso é um grande problema, mas o jogo bem jogado, aquela ‘toqueira’, o futebol bonito, o jogo de aproximação e essa ideia de um futebol bonito como prioridade são os diferenciais que me levam a entender que esse é o melhor nome para o Brasil. Depois de técnicos mais conservadores, acredito que chegou o momento de um nome com uma veia mais ofensiva.

Veremos qual será a opção da CBF. A Seleção Brasileira volta a jogar em março de 2023, com duas partidas amistosas. As Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 também começam no ano que vem, porém ainda não tem data definida.

* As informações contidas nos artigos de colunistas, não necessáriamente, expressam a opinião do Toledo News.

Kelvin Polasso

Kelvin Polasso é jornalista, formado em 2018 no Campus de Toledo do Centro Universitário FAG. Atualmente cursa marketing no Centro Universitário Uningá. No momento atua na área jornalística e tem experiência na cobertura de eventos esportivos em Toledo e no Paraná. Kelvin não esconde o seu amor, paixão e entusiasmo quando fala sobre esporte e também deixa evidente que torce pelo Grêmio, mas podem ficar tranquilos que quando houver alguma análise a sua ‘alma castelhana’ não irá pesar.

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