Um número famoso e fascinante: a história do Pi


Foto: Lorenrudenko/Unsplash

Representado pela letra grega π, o Pi é um número irracional e infinito que tem despertado a curiosidade de muitos matemáticos desde a Antiguidade, quando surgiram as primeiras civilizações. Já no século XXI, na era digital, tem sido aplicado para o desenvolvimento de diferentes tecnologias, como o Sistema de Posicionamento Global (GPS) e a conversão de voz em texto, usada para assistentes virtuais.

Além disso, é por meio do uso do Pi que é feito o cálculo das integrais trigonométricas nos estudos de matemática avançada. Outra aplicação prática é que, para a comunicação do celular com a torre da operadora de telefonia, é utilizada a fórmula da Transformada de Fourier, que contém o Pi em sua estrutura. Por isso, conhecer a trajetória do número é aprender mais sobre matemática, história e, também, parte do nosso dia a dia.

Quando se diz que o Pi é um número irracional, isto significa que ele não pode ser obtido pela divisão de dois números inteiros. O Pi é calculado a partir da divisão do perímetro de uma circunferência pelo diâmetro da mesma. Essa razão é de, aproximadamente, 3,14.

O termo “aproximadamente” é usado porque o Pi é infinito. Desta forma, a quantidade de casas decimais após o algarismo 3 é incontável, sendo necessário o uso de reticências para a sua representação. Foram muitos os matemáticos que contribuíram para essa descoberta. Os primeiros registros datam de 1.650 a.C, quando os egípcios atribuíram ao número apenas uma casa decimal.

Descoberta das casas decimais

Mais de mil anos depois, em 250 a.C, o matemático, físico, filósofo e astrônomo grego Arquimedes apresentou o Pi com três casas decimais. Em 480 d.C, o matemático chinês Zu Chongzhi descobriu a sétima casa decimal.

Outros estudiosos que contribuíram para o incremento de novas casas decimais foram o iraniano Ghiyath Al-Kashi; os alemães Ludolph van Ceulen e Carl Friedrich Gauss; o esloveno Georg Von Vega; o inglês William Shanks; os norte-americanos Levi B. Smith, John W. Wrench, Daniel Shanks, Gregory Volfovich Chudnovsky e Alexander Yee; os franceses Jean Guilloud, Martin Bouyer e Fabrice Bellard; os japoneses Yasumasa Kanada, Yoshiaki Tamura, Yoshinonn Kubg, Daisuke Takahashi e Shigeru Kondo.

Em 2019, o Guiness World Records incluiu o nome da japonesa Emma Haruka Iwao como recordista no catálogo de casas decimais para o número Pi, um total de 31,4 trilhões de dígitos. Ela, que é funcionária da Google Japão, creditou o feito ao ex-professor Daisuke Takahashi e ao programador Alexander Yee, desenvolvedor do programa y-cruncher, usado para o cálculo de constantes matemáticas.

Dia do PI

O reconhecimento sobre a importância do Pi originou uma data comemorativa no calendário: 14 de março. A escolha se deu pelo fato de, nos Estados Unidos, as datas serem escritas na sequência mês e dia. Assim, 14 de março é escrito 3/14. Outra coincidência feliz é que esse é o dia do aniversário de um dos maiores expoentes das Exatas: Albert Einsten.

Na celebração pelo Pi, os norte-americanos costumam comer torta – que em inglês é chamada de pie, mesma pronúncia do número em inglês – em formato redondo, como uma menção direta às circunferências.

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